Aquele cara que conhecemos na primeira viagem das férias continua nos mandando mensagens. Primeiro disse que um amigo dele estava chamando para passar o réveillon em tal praia. Agora disse que tal amigo “deu pra trás” e queria saber se a gente já havia resolvido, pois queria muito passar o réveillon conosco.
Ele é super legal, conquistou um ótimo emprego e seria o tipo de amigo ideal para trocar figurinhas, emprestar apartamento, viajar, etc, etc… mas eu não consigo ficar à vontade para estabelecer vínculo com alguém que, quando bebe, fica provocando e passando a mão em pau de taxista, que faz sexo ao ar livre com o primeiro cara interessante que vê pelas ruas e que pratica masturbação em grupo, por exemplo. As regras que existem no meu DNA não me permitem fazer amizade com pessoas promíscuas, superficiais, drogadas, desonestas, corruptas…
Sei que essas pessoas costumam se sentir muito atraídas por mim e que talvez eu poderia mostrar um outro lado da natureza humana que elas ainda não tiveram muito contato, mas, por experiência própria, eu sei que a convivência entre opostos é praticamente impossível. E se tudo tende para a entropia, é sempre mais fácil o equilibrado se desequilibrar do que o contrário.
Ainda não respondemos a mensagem dele, mas sentimos pena de deixá-lo conversando sozinho.